segunda-feira, dezembro 30, 2013

Teatro da vida



Sou deste mundo que eu criei
personagem, encenador e autor
mas ainda falta alguem eu sei
alguem que seja um espectador

alguem que me olhe nos olhos
para poder saber me interpertar
ver por dentro, os meus sonhos
aqueles que nao consigo sonhar

esse sonho que fica sem vontade
neste palco de duvidas sem saida
e que faz de mim um prisioneiro

mas não prisioneiro toda a vida
porque posso comigo ser verdadeiro
reescrever cada cena e ser liberdade

Ano Novo

Ano novo vida nova, dizem
Para nos podermos renovar
Deixar tudo lá trás, alem
Reaprender sem medo de errar

Ano novo sem o passado,
aquelas sombras nostálgicas
ou aquele rosto cansado
de tantas mascaras usadas

Ser novamente como a criança
Livre, sem rancor, ou vaidade
Viver o dia com esperança
E não procurar a saudade

Ano novo, ano de alegria
Ouvir, amar, lutar e vencer
Se acreditares na tua magia
Tudo isto pode acontecer

sábado, dezembro 28, 2013

Eu de mim



eu de mim pouco ou nada sei
nem sei como me explicar
só sei que por onde andei
tanto recebi como deixei ficar

de mil cores me pintaram
muitas vezes quadros sem valor 
outras a carvão me desenharam
desenhos simples mas com amor

entreo dar e o receber, descobri
que o meu crescimento é maior
se quando me aproximar de ti
deixar ficar atras toda a minha dor

vivo no fundo para me descobrir
construindo dia a dia o meu eu
dar forma á minha sombra, e sentir
que em mim todo o meu ser cresceu

segunda-feira, novembro 11, 2013

Folhas de Outono


de verde o sol me vestiu
dancei ao ritmo do vento
mas quando o frio surgiu
chegou o meu momento

ao cair fiquei esquecida
ao sabor da brisa eu vou
nua por entre a calçada
não me despi de quem sou

serei folha caida, perdida
meu tempo chegou ao fim
mas é na hora da despedida 
que mais gostam de mim

ao olhar no outono frio
 as folhas caídas, a gente sente
que o cair pode encher o vazio
do amor, com cores quente.

segunda-feira, novembro 04, 2013

Quando o pensamento vem





Vem o pensamento mas não sei
como e quando o vou organizar
nem sei onde colocar os limites
que não mate a liberdade do pensar


Nem sempre esse pensar acontece
mas sem dar por ele, a mim vem
ao aparecer se não lhe der espaço
me perde e esqueço o que contém

quando surge entro em meditação
escrevo as linhas sem o pensar
dou-lhe a forma de um poema
quando de mim o conseguir libertar






domingo, abril 14, 2013

Fantasias de carvão



nas incertezas  que o poeta tem
percorre as quadras com seus dedos
foge de si, e procura por alguem
que consiga ver seus segredos

esconde nas entrelinhas da escrita
seus amores, suas dores, seus medos
e procura na solidão de um ermita  
o fio libertador de seus enredos

faz e refaz o seu olhar na esperança
de se encontrar entre as suas sombras
que o tempo guardou desde criança

descobre-se, entre loucuras escondidas
nas parede, onde desenhos de carvão
se movem ao som do coração






terça-feira, março 26, 2013

Escuridão



fecho as pupilas escuras, humidas
de um adeus que não pernoitou,
por entre as gotas de estranhas
saudades, um sorriso e acabou

 somente ecos de um silencio
que afago com o som calado
e provo o tempo imenso, vazio
que sabe a um olhar cansado

se me perguntarem por hoje
não o conheço,o reneguei
guardei-o na corrente que foge
para longe, onde, não sei

avancei na escuridão e espero
pela sombra que avança
sem saber como é incerto
este despertar, da lembrança



quinta-feira, março 21, 2013

Memorias de infancia



Tenho na memoria um lugar
onde passei a infância
ao findar o ano escolar
eram as ferias e la partia

uma aldeia pequena, rural
onde tudo era cultivado
era um momento especial
comer o que foi semeado

levantar cedo e aproveitar
para semear, ceifar, regar
ao sabor da frescura matinal

depois da refeição final
ia alegre para o adro brincar
até a voz da avó me chamar


terça-feira, março 12, 2013

Guardo-te em mim



guardo-te em mim, sem sentido
neste sonho que me alenta
de querer ver teu eco refletido
no sol do horizonte que desponta

és na espuma que a areia beija
os dedos que eu teimo em tocar
e que na crista das ondas deseja
teus cabelos soltos acariciar

deste ponto para ti distante
vai com a maré o meu querer
de na volta trazer o instante
 em que por inteiro te possa ver

e no sonho de quem sente
não á longe nem distancia
existe o amor que é presente
num tempo sem importancia





segunda-feira, março 04, 2013

Esta loucura



Esta loucura  vem do coração
sai num bolinar apressado
segue um sonho, nunca diz não
para não ficar limitado

viaja no momento presente
não olha o  futuro ou passado
sem saber aparece de repente
e teima em não ficar guardado

 ao sabor dos sentidos navega
se esquece do tempo, existe 
na fantasia, na aventura e rasga
a razão que em mim resiste

sei que desafia a minha mente
sem querer me derrubar
só me quer olhar profundamente
para me poder saber falar

segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Fogem-me as palavras


as palavras fogem por vezes
outras pairam em volta
um pensamento que dizes
um olhar de revolta

de vez em quando aparece
uma ideia um sentido
e muitas vezes acontece
esse momento ficar esquecido

pensar livremente, ser
esquecer o tempo, parar
ao nascer o poema, escrever
para com ele poder voar

a nossa verdadeira liberdade
está na certeza que o pensar
não se prende a realidade
nem em si se consegue fechar


quarta-feira, fevereiro 13, 2013

De praia em praia





Nesta viagem sem retorno
caminho num mar agitado,
pé ante pé vou sem destino
sem conhecer o outro lado

Subindo a onda que me arrasta
eu vou, até aquela praia proibida 
onde o meu sonho me resgata
dando mais cor à minha vida

Em cada praia eu escrevo
 as emoções e os medos que sinto
pequenos labirintos em relevo 
que com o coração eu pinto

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Sei de ti



Sei de ti, ausente,
de mim só as secas
folhas caídas, presente, 
nas memorias esquecidas  

Sabe o vento
todos os momentos infinitos
em forma de sentimento
que aqui foram escritos

No rio ficou
o reflexo dos abraços
de um sonho que acabou 
por falta de espaços

O que encontrarei
no espaço de um abraço,
talvez a razão porque não  farei
desse abraço um fracasso 

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Poder navegar





Aguardo por pensamentos interiores
que de mim façam um sonhador
 e pintar aguarelas de varias cores
em telas por inventar, sem dor

Elevar-me alem do horizonte
para redescobrir minha mente 
fazer de um poema uma ponte
para não me perder na corrente

do olhar entreaberto da minha janela 
descobrir neste novo mundo, um lugar
onde os dedos serão a vela da caravela
para nos meus poemas poder navegar