terça-feira, setembro 18, 2007

Vidas

By Vad Plashevsky

Hoje a noite está escura
e tenho que andar por aí
esta minha vida é dura
e não posso sair daqui

Já não faz mal se não parar
dia sim, dia não
tenho um corpo para alugar
tudo se lava com sabão

Lá vai ele tão longe
e as notas na minha mão
tenho uma fortuna hoje
amanhã talvez não

Ir a casa de manhã
comer e descansar
por a mente sã
fechar os olhos e sonhar

Sonhar em ser princesa
e viajar mundo fora
não pensar em tristeza
não ir trabalhar agora

Novo dia a mesma lida
meses, anos a fio
no fim continuo perdida
sozinha e com frio

7 comentários:

Ana disse...

É assim a vida da maioria da população infelizmente. Mas enquanto continuarmos a sonhar e acreditar que tudo é possivel, vale a pena.
Beijinhos

impulsos disse...

Retrato fiel da vida triste de uma prostituta de rua...

A mesma rotina
Noite após noite
Corpo vendido na esquina
Sonhos perdidos...
Severo é o açoite
De uma vida sem destino...

Beijo, poeta

Anónimo disse...

Uma vida sem destino, onde nada faz sentido....hoje e sempre, tudo lhe é indiferente!
E a realidade nua e crua da vida de uma mulher da rua!

Beijo

Anónimo disse...

O dia a dia ... o peso da rotina , das obrigações.
Beijito.

Anónimo disse...

É o dia a dia, pois claro, mas o sonho se fez para o realizar...

Em portas(corações fechados)o amor não renasce...

Doce beijo

Murmurios disse...

Vim desejar-te um bom fim de semana!

por uma lágrima disse...

É triste... mas uma realidade que soubeste retratar num poema tão bem elaborado.
Deixo-te um beijo e o meu sorriso