poderia um dia talvez
sair de mim sem ter,
estes pasmos de timidez
e sem espelhos me ver
entre ecos repetidos
me escutar, e sem porquês
seguir com os olhos feridos
as palavras que não lês
serão nuances de um interior
que o tempo demora a pintar
ou é a cor de um sonhador
que sem uso se vai secar
talvez esse distante dia
esteja ao dobrar a esquina
ali onde eu coloca a poesia
a beira daquela ravina
3 comentários:
Querido amigo e Poeta Carlos, sua poesia esta repleta de sentimentos, e claro, aflora nas entrelinhas...As possibilidades existem por aí, nunca devemos desistir de sonhar, é com eles que aos poucos criamos asas, mesmo que timidamente...Seu blog esta LIndo! Cy
Antes de mais quero agradecer a visita e as palavras no meu humilde cantinho.
Como poderiamos viver neste mundo dual de não tivessemos a tela da vida pintada com os sonhos de varias cores
bjs
Hola amigo!
Belíssimo poema!
Nossos "talvez" estão sempre a acenar-nos, e o que muitas vezes os mantém ao lado, no "talvez um dia", sejam os tais "pasmos de timidez" a que se refere.
O que nos serve de consolo e isto é perceptível, são as esquinas ou curvas presentes, em nossos caminhos planos.
Bjs.
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