Sou uma imagem de mim
que procura um refugio
sigo essa luz sem fim
de uma vela sem pavio
vou a este mar procurar
o que na sua praia deixei
eu acabei por la ficar
quando do areal me levantei
deste meu corpo ando perto
sem conseguir nele entrar
se parece com um deserto
sem pontes para o atravessar
entre mim e quem eu sou
a distancia é um poema
e em cada quadra eu vou
encurtar esse dilema
este poema escrevi no mar
em noite de lua cheia
ele vai, mas ao regressar
venha na boca de uma sereia
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