Despiu-se, na ausência de um poema
Que tarda, será que vem? Não sei.
Sente as palavras como um dilema
Existo! Quantas folhas já rasguei...
E a ponta da caneta que não chora
E o mar que vem e não chega,
E eu? Vontade de ir embora...
Mas fico, preso a esta alma cega
Eu me entendo, como a pedra do rio
Que não vai, fica, e se lapida
Com o passar da água, do tempo frio.
Fica mais lisa, preciosa, mais vivida
Nem a folha branca me atrai
Poeta aéreo, que pensa, pensa
Mas lá vem o dilema, e não sai
Ate para mim é um ofensa
E me desculpem este poema
Que a ferros foi rasgado
E o conteúdo, o mote, o tema?
Não sei, foi assim, tudo inventado
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