segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Fogem-me as palavras


as palavras fogem por vezes
outras pairam em volta
um pensamento que dizes
um olhar de revolta

de vez em quando aparece
uma ideia um sentido
e muitas vezes acontece
esse momento ficar esquecido

pensar livremente, ser
esquecer o tempo, parar
ao nascer o poema, escrever
para com ele poder voar

a nossa verdadeira liberdade
está na certeza que o pensar
não se prende a realidade
nem em si se consegue fechar


quarta-feira, fevereiro 13, 2013

De praia em praia





Nesta viagem sem retorno
caminho num mar agitado,
pé ante pé vou sem destino
sem conhecer o outro lado

Subindo a onda que me arrasta
eu vou, até aquela praia proibida 
onde o meu sonho me resgata
dando mais cor à minha vida

Em cada praia eu escrevo
 as emoções e os medos que sinto
pequenos labirintos em relevo 
que com o coração eu pinto

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Sei de ti



Sei de ti, ausente,
de mim só as secas
folhas caídas, presente, 
nas memorias esquecidas  

Sabe o vento
todos os momentos infinitos
em forma de sentimento
que aqui foram escritos

No rio ficou
o reflexo dos abraços
de um sonho que acabou 
por falta de espaços

O que encontrarei
no espaço de um abraço,
talvez a razão porque não  farei
desse abraço um fracasso